Analisaremos, como as ideologias das classes dominantes, discriminam e excluem as classes dominadas.
Karl Marx, na sua obra A Ideologia Alemã, diz:
“A maneira como os indivíduos manifestam sua vida reflete exatamente o que eles são. O que eles são coincide, pois, como sua produção, isto é, tanto com o que eles produzem quanto com a maneira como produzem. O que os indivíduos são depende, portanto, das condições materiais da sua produção. [...]
Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os pensamentos dominantes; em outras palavras, a classe que é o poder material dominante numa determinada sociedade é também o poder espiritual dominante. A classe que dispõe dos meios de produção material dispõe também dos meios da produção intelectual, de tal modo que o pensamento daqueles aos quais são negados os meios de produção intelectual está submetido também a classe dominante. Os pensamentos dominantes nada mais são do que a expressão ideal das relações materiais dominantes; eles são essas relações materiais dominantes consideradas sob forma de idéias, portanto a expressão das relações que fazem de uma classe a classe dominante; em outras palavras, são as idéias de sua dominação. Os indivíduos que constituem a classe dominante possuem, entre outras coisas, também uma consciência, e consequentemente pensam; na medida em que dominam como classe e determinam uma época histórica em toda a sua extensão”
Em cada período histórico,a classe dominadora formou um pensamento ideológico diante das classes dominadas, porque, segundo Karl Marx, os indivíduos da classe dominante “dominam em todos os sentidos e têm uma posição dominante, entre outras coisas também como seres pensantes, como produtores de idéias, que regulamentam a produção e a distribuição dos pensamentos da sua época; suas idéias são, portanto as idéias dominantes de sua época.” Para exemplificar falaremos das varias concepções e explicações da pobreza durante o processo histórico.
- No período Medieval, a pobreza era condição de nascença e despertava nos ricos a obrigação moral de ajudar os pobres ou poderia ser uma desgraça decorrente de guerras e de doenças.
- No século XVI, a pobreza tornou sinônimo de preguiça e indolência dos indivíduos que não queriam trabalhar, isto era para que eles concorressem as vagas de emprego das industrias que surgiam e o Estado ficou com a função de cuidar dos pobres.
- No final do século XVIII, com o fortalecimento das teorias liberalistas e malthusianas, cada um cuidava do seu destino e de sua vida, não precisaria ajudar os necessitados, assim eles trabalhariam mais para manter suas famílias.
- Em meados do século XIX, os trabalhadores eram perigosos e poderiam transmitir doenças, por morarem em locais com falta de saneamento básico, se rebelarem através de movimentos sociais e revoluções questionando os privilégios das outras classes, que possuíam riqueza e poder.
Vemos em cada período uma ideologia forte que vigorou por muitos anos e a sociedade aceitava e acreditava. As classes dominadas eram privadas da ascensão econômica, profissional ou até mesmo social, não tendo acesso ao que Marx diz ser os meios de produção intelectual.
Analisando a partir do século XIX, percebemos uma ideologia preconceituosa e discriminante sobre as classes dominadas, estas podem ser os moradores de favelas, os catadores de latinha, os mendigos, os engraxates, os vendedores ambulantes e os catadores de papel. São excluídos do direito de cidadania e igualdade perante as leias quando se compara a alguém de poder socioeconômico.
É fato, na nossa sociedade tudo está “impregnado de ideologia”, no racismo, no nacionalismo, no feminismo e outros movimentos.
Ainda hoje encontramos pessoas que afirmam que todos as pessoas que trabalham informalmente são perigosas, no sentido de roubar e transmitem doenças, no sentido da falta de higiene e por acreditarmos que moram em locais inóspitos e sujos. As ideologias preconceituosas ainda existem e tem uma enorme força sobre todas as camadas populacionais.
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Abaixo, segue uma vídeo-entrevista com um Catador de Papelão, seu Zé, e sua visão sobre seu trabalho e o que passa no dia a dia.
Tudo bem, eu estava nervosa, mas ficou bom...
ResponderExcluirotimo video nosso!!!
bom mesmo!!
ResponderExcluirÉ qualidade Globo :)
ResponderExcluirNossa gente parabéns, ficou otimo tudo.
ResponderExcluirObrigada Jessica!!!!
ResponderExcluirAgora tem quye ver se a nota tbm vai ser boa!!!
=)
Thiago você não postou o nome dos integrantes do grupo.
ResponderExcluirThiago
Isadora
Michel
Igor
Denise
Danielly
O trabalho ficou realmente bom. Apesar de ter ocorrido um problema formal e outro conceitual (o problema formal é que o título aborda "exclusão social" e não foi desenvolvido no corpo do texto e o conceitual é que tal termo não é utilizado por Marx, já que surge na França nos anos 1980 e, inclusive, realizando uma oposição dualista entre "incluídos" e "excluídos" em antagonismo com a teoria das classes de Marx).
ResponderExcluirA abordagem de Marx foi boa e no final fez uma ponte com o tema em questão.
O vídeo ficou muito bom, já que mostrou a realidade de um catador, sua própria fala, a questão do preconceito, entre outros aspectos.
(9,5)
Reengas.. Distruuimos na nota.. usdfhauffahsusaudfh... Boas férias, galera :)
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